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Uma revisão de 1.627 estudos, envolvendo 1,8 milhão de pessoas de 121 países, confirma uma suspeita sugerida há anos na psicologia social: os conservadores são mais felizes. A metanálise conduzida por um grupo de psicólogos, cuja publicação prévia foi feita domingo (25), também traz um resultado novo: o status social elevado não é a razão pela qual uma pessoa conservadora tende a ser mais feliz, uma vez que o mesmo efeito é encontrado entre indivíduos de status mais baixo.

Em geral, a relação entre o conservadorismo, que os autores chamaram de “ideologias que apoiam o status quo”, e o bem-estar psicológico foi baixa e positiva, mas bastante significativa. Isso quer dizer que ser conservador eleva levemente a chance de bem-estar, e o efeito é observado com tamanha consistência que é extremamente improvável (chance menor do que uma em mil) de o resultado ser fruto do acaso.

Quando resultados do tipo foram observados antes, alguns pesquisadores propuseram que isso se explicaria pela hipótese da justificação do sistema mediada pela estratificação social. A visão até então era a de que, se uma pessoa não considera a sociedade injusta, é porque é rica, ou seja, beneficiária do status quo. A metanálise derruba essa ideia: para conservadores ricos e pobres, a satisfação com a vida e a felicidade nada têm a ver com a conta bancária. Também não foi observada diferença entre os sexos.

Detalhando os resultados

Entre os quase dois milhões de participantes, há um excesso de pessoas de países ocidentais (o que não foge do esperado, dadas as diferenças de produção acadêmica entre os países) com bons índices de educação, industrialização, riqueza e democracia. A relação entre bem-estar mental e conservadorismo foi marginalmente maior nesses países, mas ainda positiva no resto do mundo.

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📸 Foto: Eli Vieira