Um juiz federal de Louisiana emitiu uma ampla liminar que limita o governo federal de se comunicar com empresas de mídia social sobre conteúdo online: “A decisão de que o policiamento de posts nas redes sociais por funcionários do governo Biden provavelmente violou a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos”, diz a liminar.

Em uma decisão de 155 páginas divulgadas nessa terça-feira, 4 de julho, o juiz distrital Terry Doughty de Louisiana impediu funcionários da Casa Branca e várias agências federais de entrar em contato com empresas de mídia social com o objetivo de suprimir opiniões políticas e outros discursos normalmente protegidos da censura do governo.

Recentemente, sob a administração de Elon Musk, o Twitter liberou milhares de documentos mostrando que a antiga equipe do Twitter trabalhou em colaboração com o governo de Joe Biden, incluindo agências como o FBI, para censurar opiniões contrárias e temas de interesse de Biden, como o caso do laptop incriminatório de seu filho, Hunter Biden, sob a justificativa de ser “desinformação”.

A liminar ocorre após uma ação movida por advogados republicanos do Missouri e de Louisiana, que alegaram que o governo de extrema-esquerda de Biden promoveu uma espécie de “agência federal de censura”. 

Segundo o magistrado, a atuação do governo Biden realmente pareceu similar ao “Ministério da Verdade orwelliano”,.

“As evidências produzidas até agora retratam um cenário quase distópico, escreveu Doughty. “Durante a pandemia do C-19, um período talvez melhor caracterizado por dúvidas e incertezas generalizadas, o governo dos Estados Unidos parece ter assumido um papel semelhante ao Ministério da Verdade orwelliano”.

O governo, segundo o processo, pressionou as redes sociais para que as opiniões desfavorecidas sobre as políticas de saúde do C-19, as origens da pandemia, a segurança eleitoral e outros temas, fossem censuradas.

O Departamento de Justiça não comentou a decisão, mas provavelmente irá recorrer da liminar.